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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bullying


As lágrimas corriam furiosas pelo rosto inchado da menina. Os cabelos ruivos caídos em seu rosto rosado davam-lhe um aspecto tenebroso. Ela estava deitada no chão de seu quarto; as mãos cerradas em punhos. Queria despejar seu ódio em alguém. A garota levantou-se num átimo e fez do belo abajur francês sua primeira vítima. Socou-o até que estivesse completamente desgastado e derrubou-o. E foi fazendo isto repetidamente com todos os objetos quebráveis do quarto. Até que todos acabaram. As mãos dela sangravam; ela jogou-se não chão, ainda chorando. Não agüentava mais esta situação; a garota era mais uma vítima de bullying. As risadas e zombarias dos colegas de classe passavam por sua mente enquanto ela enlouquecia. De súbito ela levantou-se outra vez e abriu a porta do quarto. Foi até o quarto dos pais sorrateiramente; ela sabia que lá havia algo que a tiraria deste sofrimento: a arma que seu pai guardava. Ela pegou a arma silenciosamente e voltou para seu quarto. Trancou a porta. Fechou as janelas. Finalmente ela acabaria com a dor de uma vez. Ela apontou a arma para suas têmporas, fechou os olhos. Silêncio. Um estrondo, uma explosão. Ela puxara o gatilho.

Marcela Esteves


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